P. S. A pressão para ilibar António Costa a priori contrasta com o tom de abandono a José Sócrates a posteriori.
P. S. A pressão para ilibar António Costa a priori contrasta com o tom de abandono a José Sócrates a posteriori.
As notícias das bolandas judiciais dos ex-primeiros-ministros dizem tudo sobre a governação dos dois últimos socialistas, pelo que já não constituem novidades. Todavia, o último desafio à justiça – Sócrates desafia Justiça e recusa ir ao posto da GNR cumprir apresentações quinzenais – é um patamar nunca visto.
A extensão do tempo de vida do governo ainda em funções, depois da demissão do primeiro-ministro, certamente para contentamento das clientelas de São Bento e Belém, não pode abafar o balanço da dupla Costa/Marcelo: 41,8% da população residente em Portugal estaria em risco de pobreza em 2022, considerando os rendimentos do trabalho, de capital e transferências privadas, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística.
P. S. O legado da maioria do PS não deixa quaisquer dúvidas: sobe o número de imigrantes, idosos e sem-abrigo que estão amontoados nos hospitais depois de terem alta médica. Esta é a realidade que deve ser avaliada no momento de votar a 10 de Março de 2024, não é a governação de Guterres, Sócrates e Passos Coelho que estão em discussão.
Desde António Guterres, a partir de 2002, os números dois dos líderes do PS ganharam o poder. De José Sócrates a António Costa, Pedro Nuno Santos é o "delfim" que se segue. Mais de 20 anos depois, com os desastres confirmados, é necessária uma profunda reflexão, já que o país não aguenta nem mais feridas nem mais cicatrizes, quanto mais lixo tóxico do passado a inquinar o presente e o futuro.
Durante os dois anos de pandemia fizeram crer que o SNS era o que não é, nem nunca foi, nem antes nem agora, como está a ser amplamente comprovado com os actuais e escandalosos encerramentos das Urgências hospitalares. O embuste monumental, em que não foram poupados meios, mercenários, pivôs e demais cantorias às janelas, revela-se agora uma perda de tempo desastrosa, apesar do "surpreendido" António Costa e do tardiamente "preocupado" Marcelo Rebelo de Sousa, confinado à sua irrelevância política ao fim de quase oito anos em Belém (e ainda lhe chamam proximidade e escrutínio).
O fantasma de Sócrates volta a pairar sobre a política e a sociedade portuguesa depois da notícia do Correio da Manhã que dá conta que um Banco perdeu documentos de António Costa. O silêncio da Associação Portuguesa de Bancos é tão pesado como a ausência de reacção dos partidos com assento parlamentar.
P. S. Será que é desta que o Ministério Público emite um comunicado? E esclarece a misteriosa razão pela qual o comunicado sobre as buscas à SAD do Futebol Clube do Porto está inacessível.
Qualquer que seja a actuação das secretas, PS e PSD garantem o encobrimento e a total impunidade. Foi assim em 2006, é assim em 2013. Tal e qual como no tempo da PIDE.
P. S. Luís Montenegro é mais do mesmo no PSD. Depois da voz grossa, as ameaças, de seguida as piruetas, e finalmente a marcha atrás. Propalar estar de acordo com as iniciativas do Chega e da Iniciativa Liberal, sabendo que a maioria absoluta compressora vai inviabilizar a constituição de uma Comissão Parlamentar de Inquérito, faz lembrar as confrangedoras ameaças presidenciais de dissolução. A caminho da irrelevância do CDS/PP? Só falta mais uma sondagem dos 500 para a ratificação.