P. S. A pressão para ilibar António Costa a priori contrasta com o tom de abandono a José Sócrates a posteriori.
P. S. A pressão para ilibar António Costa a priori contrasta com o tom de abandono a José Sócrates a posteriori.
Passado o reboliço da eleição do presente da Assembleia da República, uma única certeza: Luís Montenegro não vai voltar a arriscar ignorar André Ventura; e Pedro Nuno Santos vai ponderar muito cuidadosamente cada chumbo das propostas do PSD. A não ser que ambos queiram arriscar eleições antecipadas.
P. S. O regozijo dos porta-vozes do Bloco Central, que se arrastam há décadas na ribalta, são a prova de algodão que não deve ser ignorada por quem acredita no regime democrático, e não se serve dele.
A forma cândida como PSD e PS fatiaram a presidência da Assembleia da República é de fazer chorar as pedras que restam da calçada do regime democrático. De facto, aparentemente os dois partidos continuam a fazer de conta que ainda não tomaram conhecimento dos resultados do passado dia 10 de Março, num claro desrespeito pelo voto.
A novela da eleição do presidente da Assembleia da República faz lembrar os métodos passados no Ministério da Infraestruturas.
Pode ser uma gota no oceano, mas Carlos Moedas consegue a proeza de estar na política no sítio certo e na hora certa: «Lisboa tem novo alojamento para sem-abrigo que trabalham».
P. S. Fazer política também é evidenciar, com obra e pela positiva, enquanto presidente da Câmara de Lisboa, o desastre deixado por uma maioria absoluta do Partido Socialista, liderada por António Costa.
Com a incerteza ainda no ar, uma única certeza: a votação no Chega é a derrota de António Costa e de uma certa clique do PS – Sócrates, Vara, etc –, de que Pedro Nuno Santos foi parceiro e (ainda) é herdeiro, é o fim de uma forma de estar e fazer política, é a saída pela porta pequena de quem nos últimos 20 anos julgou poder manter o poder à custa da fragmentação à direita.